Matéria de Ivan Cezar Fochzato, publicada em 05/02/2020, no portal RBJ.

O projeto do Complexo Eólico Palmas II  foi  apresentado na tarde de ontem (04), durante a programação da 32ª Edição do Show Rural da COOPAVEL, que ocorre em Cascavel, no Oeste do Paraná. A palestra: Oportunidade com Geração Eólica e outras energias renováveis para os Agricultores foi ministrada pelo Diretor da Enerbios, Ivo Pugnaloni, empresa que integra o empreendimento no município de Palmas.

Para Pugnaloni, as novas tecnologias de construção de torres eólicas de entre 140 e 160 metros abriram espaço para várias regiões cujo potencial havia sido sub avaliado no Atlas Eólico. A regulamentação da energia gerada de forma distribuída pelos próprios consumidores abriu perspectivas comerciais nunca antes levadas em conta. Avaliou que  a conjunção de geração eólica com o agronegócio, pecuária, agricultura, reflorestamento, já que a geração eólica não interfere nestas atividades, estimula a participação dos agricultores neste setor como uma atividade paralela. “Utilizando a mesma área. Seja como arrendatário do terreno, ou investidor, produtor de energia”, concluiu.

A Enerbios, junto com a empresa alemã Innovent e as brasileiras e Cia Ambiental e Ventos do Sul desenvolveram e estão implementando o Complexo Eólico Palmas II, com potência de 200 MW e com o investimento total de R$ 1,3 bilhões, no município de Palmas, no Sul do Estado do Paraná, a 1250 m de altitude média. Os oito parques eólicos deverão possuir as torres mais altas do Brasil, com 140 metros a 160 metros.

A primeira etapa  de construção do Complexo Eólico Palmas (CEP) II terá início com a implantação da usina Tradição Piloto, com potência instalada de 6,6 MW. “A energia desse primeiro Parque Eólico, denominado “Tradição Piloto”, já está vendida. Permanecemos abertos a novos investidores nacionais e estrangeiros, bem como de empresas interessadas na aquisição de energia renovável e muito mais barata do que no mercado regulado”, destacou Pugnaloni.

Conforme anunciado anteriormente pelo diretor da Innovent no Brasil, será utilizado um tipo de torre construída com treliças, muito usadas na Europa, na China e na Índia, mas ainda desconhecidas no Brasil, para suportar os geradores de 120 metros de altura, já que estas possuem igual resistência, mas sofrem muito menor tração lateral do vento.

O diretor da Ventos do Sul, Ivan Gilioli, reiterou que a intenção é contratar parte dos serviços e produtos na região de Palmas, pois esta já se notabiliza em todo o Brasil como uma região fornecedora de serviços especializados no setor eólico.

COMPLEXO PALMAS II

Ao todo, o empreendimento  terá oito parques eólicos – Campo Alegre, Pederneiras, Santa Cruz, Santa Maria, São Francisco, Taipinha, Tradição e Tradição Piloto – que deverão estar  interligados à subestação de Palmas, através de linha de transmissão de 28 quilômetros, com traçado  previsto para faixa de domínio da PRC-280.

A estimativa dos investidores é que durante a fase de implantação deverão ser gerados até 500 postos de trabalho diretos, entre as mais diversas funções e formações, onde pretende-se priorizar a contratação de mão de obra local. Posteriormente, para a operação e manutenção serão pelo menos 25 postos de trabalho fixos. Também haverão empregos diretos na execução de pelo menos 19 programas ambientais durante e após as obras.

publicado em: https://rbj.com.br/economia/complexo-eolico-palmas-ii-presente-no-show-rural-coopavel-4257.html?fbclid=IwAR1qTZD0uyIZLgiZgGYtYrKh03089lpodkVUKqBzsywTRrvLBHVenQ4rKtE