A equipe da filial de Paranaguá da Cia Ambiental auxiliou na divulgação da campanha “Mais Respeito”, lançada no dia 3 de dezembro, pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

Matéria e fotos: Appa

O perfil dos trabalhadores do Porto de Paranaguá, historicamente, sempre foi predominantemente formado por homens. No segundo maior porto do Brasil as mulheres ocupam apenas 10% dos quase 45 mil, empregos diretos e indiretos, gerados pela movimentação e transporte de cargas.


Pensando em proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro e igualitário para as mulheres que atuam na atividade portuária, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) acaba de lançar a campanha “Mais Respeito”, contra o assédio sexual no ambiente de trabalho.

Nesta semana, cartazes estão sendo fixados na faixa portuária, que abrange o cais do Porto e também os terminais e prédios administrativos. A campanha, idealizada pela diretoria de meio ambiente da APPA e executada pela Assessoria de Comunicação, traz uma mulher mostrando cartão vermelho para homens que constrangem as mulheres com cantadas, assovios e outros comportamentos prejudiciais.


“Abordagens grosseiras, cantadas e intimidação com conotação sexual, com ou sem contato físico, não são brincadeiras e podem afetar a vida profissional”, explica o diretor-presidente da APPA, Lourenço Fregonese.

As ações de conscientização da campanha tratam da importância do respeito mútuo, principalmente às mulheres, para proporcionar um emprego produtivo, em condições de liberdade, segurança e dignidade. “A presença das mulheres, assim como em outras áreas, tem crescido muito no setor portuário e já não é raro ver trabalhadoras nas áreas operacionais, técnicas e administrativas. Por isso, a criação de ambientes de trabalho mais seguros e igualitários é essencial”, reforça Fregonese

CONSTRANGIMENTO: Um dos objetivos é mostrar que atitudes que alguns imaginam ser inofensivas podem significar assédio no ambiente de trabalho. “A construção de um ambiente de trabalho mais igualitário é responsabilidade de todos e esperamos criar um debate positivo, que mobilize homens e mulheres”, reforça o diretor de Meio Ambiente da Appa, Bruno Guimarães.

DENÚNCIA: Os casos de assédio podem ser relatados, anonimamente ou não, na ouvidoria da Appa. O registro é feito diretamente no site www.appa.pr.gov.br ou pelo telefone 0800 41 1133.

Além de infração administrativa, o assédio sexual é crime: a punição pode chegar a detenção de um a dois anos e a pena pode ser aumentada em até um terço caso a vítima seja menor de idade, chegando a dois anos e oito meses.